Quero ser mãe!

Depois de vencer a sarcoidose (não tem cura, mas ela desaparece), decidi que queria ser mãe. De todo o coração, de todo o corpo, eu queria muito alguém que me chamasse de mãe.

Já fazia dois anos que meu marido e eu não usávamos nenhum método contraceptivo. Estávamos, na época , com 29 ele e eu com 26 anos. Sabíamos que era o momento certo e ansiávamos para dar mais esse passo no nosso relacionamento.

Fui ao médico que me disse que por conta de ter sarcoidose, apesar de estar assintomática, era muito difícil eu engravidar, pois o corpo veria o feto como um invasor e o expulsaria. Que eu deveria pensar, talvez, em adoção.

Saí arrasada, mas fé em Deus e pé na tábua que na vida só não se tem remédio para morte.

Uma tia-avó muito querida, num certo dia, em meados de outubro, me convidou para assistir a uma palestra de um padre que viria a Bagé, contar a vida de um santo muito milagroso, o Padre Pio. Fui.

Somos de família católica e cremos muito no poder divino.

O padre ao contar a vida do Santo e seus milagres me comoveu muito. Sempre senti e soube no fundo do meu coração que seria mãe de menino, mãe do Miguel. Durante toda a palestra, minha cabeça só pensava nisso.

Ao falar sobre um episódio do aparecimento de um terço misterioso, o padre o entregou para que este passasse de mão em mão e, que, quanto o tocássemos, que fizéssemos um pedido com muita fé.

Ao passar por mim, óbvio que pedi para ser mãe. E pedi que Deus me desse uma luz, um aviso de que aquele meu pedido seria atendido.

No fim da palestre, o padre ao se despedir disse: - Obrigado pela presença de todos. Meu nome é MIGUEL e estou às ordens.

Ao ouvir aquele nome não tive dúvidas de que engravidaria. Tive o resultado positivo em dezembro e o Miguel nasceu no dia 29 de agosto.

Milagres existem, basta ter fé e acreditar.